O tempo ideal para recuperação do corpo
Todo exercício físico depende de um sistema de energia para produzir aquilo que o corpo necessita para poder suportar ou superar o estímulo imposto pelo ambiente externo que pode ser um peso a ser levantado ou uma corrida. Todo fator externo altera o meio interno. Mas no caso do exercício cada tipo de sistema utilizado requer um tempo de recuperação para que possa se adaptar e ser acionado novamente. Em um treino há descansos curtos e longos, contudo isso depende do objetivo do aluno, dos métodos utilizados pelo profissional. Enfim, um treino onde há maior demanda de um tipo de energia existe um tempo certo para que ele possa se recompor para estímulos futuros. Isso se chama heterocronismo da recuperação.
O heterocronismo da recuperação determina quantas horas depois um sistema energético pode ser gasto novamente sem ter prejuízos.
Para isso é necessário que se identifique qual é o tipo de exercício, se ele é predominantemente aeróbico ou anaeróbico. E no caso do anaeróbico definir se é
ATP-CP ou glicolítico. Essas definições são feitas pelo profissional.
Veja a tabela com os períodos para cada sistema metabólico:
Sistema energético | ATP-CP | Glicolítico | Aeróbio |
ATP-CP | 48h | 24h | 6h |
Glicolítico | 24h | 48h | 6h |
Aeróbio | 6h | 24h | 48h |
Um exercício de força máxima utiliza ATP-CP, para que se possa fazer novamente força com eficiência o próximo treino deverá ser 48h depois desse primeiro treino. Contudo em 24h pode ser fazer um treino de resistência de força onde a intensidade é baixa, conseguem-se mais repetições e utiliza-se o sistema glicolítico ou 6h depois do treino de força máxima pode ser feito um treino de predominância aeróbia. É só usar a tabela, mas tudo de acordo com os objetivos e métodos.
Este artigo foi escrito por: Luciano Trindade